
Sempre disse a mim mesma que o melhor romance, é aquele que em toda extensão houve drama, e o final é mais impactante por causa disso. Que as histórias deviam pelo menos em um único momento apresentar tristeza, algo que despertasse a vontade de saber o final feliz (se existente).
Eu poderia dizer que estou feliz, e quando me sinto assim, as palavras parecem não acompanhar minha vida. Claro que pra tudo que fazemos acontecer, tem de haver uma 'inspiração' e com os textos não é diferente. Eu não vou mentir, independente do meu humor, óbvio que tenho minhas certas inspirações, mas nem elas têm me ajudado muito.
Uns dizem que drama é para psicóticos masoquistas e pobres de espíritos que não se contentam em ver a felicidade dos outros e através das palavras duras e cruéis tentam trazer os leitores para o lado dramático da vida. Eu, particularmente até tenho uma filosofia parecida com essa, mas é em relação aos góticos. E mesmo assim, isso não me diz respeito.
A verdade é que estou surtando e as palavras parecem não encontrar o verdadeiro caminho de volta à mim. Pensem comigo e verão que não estou exagerando.
Uma pessoa gorda consegue ficar sem comer? NÃO.
Um atleta consegue ficar sem se exercitar? NÃO também.
Um artista consegue ficar sem fazer arte? NÃO DÁ.
E um escritor, consegue ficar sem escrever? CLARO QUE NÃO.
É exatamente meu dilema, eu sei que não sou uma escritora ainda. Mas minha paixão por escrever e o reconhecimento de algumas pessoas por isso, me fazem capaz de pelo menos poder me auto-nomear assim.
Não estou renunciando a felicidade que me impossibilita de poder escrever. Estou apenas dizendo que mesmo sendo ruim, a tristeza me traz drama, e drama deixa tudo com um gostinho diferente, só para correr até o final e ver como é bem melhor deixar a felicidade por último.
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